O que as informações nos rótulos de vinhos brasileiros realmente significam?

Os vinhos brasileiros já são reconhecidos mundialmente por sua qualidade. Só em 2023, o país já acumula 147 distinções em concursos internacionais. As 31 distinções mais recentes foram alcançadas no 47o Challenge International du Vin. O evento foi realizado entre os dias 21 e 22 de abril em Bordeaux, a capital mundial do vinho.

O nosso país tem uma grande variedade de vinhos, e, muitas vezes, é difícil acertar na escolha. Por isso, selecionamos algumas dicas preciosas para você escolher sempre as melhores castas.

Entendendo as informações no rótulo dos vinhos brasileiros

Para você conseguir identificar os melhores vinhos brasileiros, é extremamente importante ler as informações dos rótulos. Principalmente, é preciso entender o que elas significam. Aqui vai um mini guia das principais informações nas quais você deve ficar de olho. 

Região produtora e denominação de origem

Os rótulos dos vinhos brasileiros podem trazer informações relacionadas à região produtora e à denominação de origem. E o que isso significa? 

Bem, a região de origem indica a região geográfica em que as uvas foram cultivadas e onde o vinho foi produzido. Essa informação é relevante porque diferentes regiões podem ter características climáticas e de solo únicas, afetando o sabor do vinho.

Já a denominação de origem indica uma área geográfica com regulamentações específicas de produção. 

Ao se deparar com uma dessas informações, é importante pesquisar sobre cada uma delas, isso para entender quais as condições de cultivo da uva e de produção de vinhos naquela região e começar a perceber de que forma isso influencia no vinho.

Vinhos de regiões frias, por exemplo, tendem a apresentar maior acidez e menor nível de álcool, enquanto vinhos de regiões quentes costumam ter acidez menor e maior teor alcoólico.  

Variedade de uva e safra

Outras informações importantes que você vai encontrar no rótulo do vinho são sobre a variedade de uva e a safra.

Os vinhos varietais são vinhos produzidos principalmente a partir de uma única variedade de uva. Neles, o rótulo menciona a uva utilizada na produção do vinho. Exemplos comuns são: Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay, Sauvignon Blanc, entre outros.

Já os dados sobre a safra indicam o ano em que as uvas foram colhidas para produzir o vinho. A safra pode ter um impacto significativo no sabor e na qualidade do vinho,isso porque as condições climáticas variam de ano para ano.

Teor alcoólico e volume da garrafa

O rótulo também trará a informação sobre o teor alcoólico do vinho, ou seja, a porcentagem de álcool presente no volume total que aquela garrafa apresenta. Por isso, essa informação normalmente é expressa em volume, como 13% vol. ou 14,5% vol.

Apesar de poder variar, o tamanho de garrafa mais comum para envase de vinho, conhecido como “garrafa padrão”, tem capacidade de 750 mililitros (ml).Produtor e importador

Nos rótulos de vinhos brasileiros, você também deve encontrar o nome do produtor ou da vinícola responsável pela produção do vinho, bem como outros dados legais, tais como endereço, CNPJ e registro do produto no órgão competente, no caso, o MAPA.  É importante conferir a presença dessas informações, pois elas garantem uma procedência melhor da bebida. 

Há ainda o caso dos vinhos importados. Neles, o rótulo contém o nome da empresa importadora responsável pela introdução do vinho no mercado local. 

Como escolher um vinho com base no rótulo?

As informações exatas do rótulo variam conforme as regulamentações do país e da região onde o vinho é produzido e comercializado. Isso significa que algumas regiões possuem, por exemplo, leis estritas sobre o que deve ser incluído no rótulo. Enquanto isso, outras podem ter requisitos menos específicos.

Contudo, alguns critérios podem ser usados para garantir que você está escolhendo o vinho certo. Entre eles, a variedade de uva.

Variedades de uva populares

Existem muitas variedades populares de uva em todo o mundo. Mas as que você precisa conhecer (muito utilizadas na produção de bons vinhos) são estas:

• Cabernet Sauvignon: uva tinta de origem francesa, conhecida por produzir vinhos encorpados e tânicos.
• Chardonnay: uva branca versátil que produz vinhos brancos secos, geralmente com sabores bastante neutros, em uma ampla variedade de estilos. 
• Merlot: uva tinta que produz vinhos macios e frutados, com menos taninos do que o Cabernet Sauvignon.
• Pinot Noir: uva tinta delicada e temperamental, famosa por produzir vinhos complexos, leves e elegantes.
• Sauvignon Blanc: uva branca que produz vinhos secos e frescos, com aromas herbáceos distintos.
• Syrah (também conhecida como Shiraz): uva tinta bastante reconhecida na região  Norte do Vale do Rhône, na França e em Hunter Valley, Barossa Valley entre outros, na Austrália. Produz vinhos encorpados, com sabores intensos de frutas escuras e especiarias como pimenta
• Riesling: uva branca alemã conhecida por sua acidez vibrante. Produz vinhos que variam de secos a doces, com sabores de frutas cítricas e minerais.
• Sangiovese: uva tinta italiana utilizada na produção de vinhos tintos, incluindo os famosos Chianti e Brunello di Montalcino. É conhecida por sua acidez elevada e seus sabores de frutas vermelhas.
• Malbec: uva tinta de origem francesa, mas que ganhou popularidade na Argentina, onde produz vinhos encorpados, com notas de frutas escuras e taninos suaves.
• Zinfandel: uva tinta associada principalmente à Califórnia, EUA. É usada para produzir vinhos tintos ricos e frutados, além de vinhos rosés.

Adega e envelhecimento

Um mito popular acaba levando muita gente ao erro ao comprar um bom vinho: “quanto mais velho, melhor o vinho”. Mas nem todos os vinhos são destinados ao envelhecimento. Alguns vinhos são produzidos para serem consumidos jovens e frescos, enquanto outros são feitos para melhorar com o tempo.

O envelhecimento do vinho ocorre quando a garrafa de um vinho apropriado é armazenada por um período prolongado em condições adequadas. Isso permite que ele evolua e desenvolva novas características. O envelhecimento pode:

• suavizar os taninos do vinho tinto;
• integrar os sabores;
• desenvolver aromas mais complexos;
• e adicionar nuances e sutilezas à bebida.

Vinhos tintos encorpados, como Cabernet Sauvignon de Bordeaux, Pinot Noir da Bourgogne, Nebbiolo do Barolo e Tempranillo da Rioja, por exemplo, geralmente têm bom potencial de envelhecimento. Vinhos brancos mais encorpados, como Chardonnay,Riesling e Semillon, também podem envelhecer bem. 

Por outro lado, vinhos leves e frescos, como a maioria dos brancos e rosés, normalmente são consumidos jovens.

No Brasil também existem vinhos bons e bastante adequados para guarda, no entanto, devido ao histórico relativamente recente da indústria vitivinícola no país, não há tantos exemplares de vinhos brasileiros antigos para venda. 

O tempo ideal de envelhecimento varia de acordo com o tipo de vinho e o produtor. Alguns vinhos podem ser apreciados após alguns anos de envelhecimento. Outros podem levar décadas para alcançar o seu potencial máximo.

Rótulos Panceri com prêmios e reconhecimentos

A Panceri tem orgulho de apresentar rótulos com grande envelhecimento e evolução, que representam uma oportunidade incontestável de provar o melhor que o tempo pode fazer pelos vinhos, como é o caso do Reserva Cabernet Sauvignon 2005.

O reconhecimento dos nossos produtos também vem através de concursos e medalhas conquistadas. Nos dois últimos anos foram três medalhas Gran Ouro, quatro ouro e uma prata em concursos nacionais e internacionais. 

Conheça os rótulos premiados:

Conheça um pouco mais da história da Panceri aqui.

Com todas essas dicas, agora ficou muito mais fácil escolher bons vinhos brasileiros e apreciá-los sem moderação. Na Panceri você encontra os melhores rótulos para harmonizar com seus melhores momentos, conheça nossos vinhos.